Não aprofundes nunca, nem pesquises
O segredo das almas que procuras:
Elas guardam surpresas infelizes
A quem lhes descem ás convulsões obscuras.
Contente-te com amá-las se as bendizes
Se te parecem límpidas e puras,
Pois se ás vezes, nos frutos há doçuras,
Há sempre um gosto amargo nas raízes...
Trata-se assim, como se fossem rosas,
Mas não despertem o sabor selvagem
Que lhes dorme nas pétalas tranquilas
Lembra-te dessas flores rosas,
As abelhas cortejam de passagem,
mas não ousam prová-las nem feri-las...
Raul de Leone
Nenhum comentário:
Postar um comentário